Departamento de Justiça acusa homem preso com arma de fogo em protesto "No Kings" em Nashville

Elijah Millar pode pegar até 15 anos de prisão.

Um homem do Tennessee está enfrentando acusações federais após supostamente brandir uma arma de fogo contra manifestantes no início deste mês, com promotores expressando preocupações sobre seu "desejo de cometer um ato de violência em massa", de acordo com documentos judiciais.

Elijah Millar, de 19 anos, de Murfreesboro, Tennessee, foi acusado na sexta-feira de porte ilegal de arma de fogo, anunciou o Departamento de Justiça. Ele pode pegar até 15 anos de prisão federal e uma multa máxima de US$ 250.000 se condenado.

De acordo com os promotores, Millar, vestido totalmente preto e usando uma máscara, confrontou manifestantes em um protesto "No Kings" perto do Bicentennial Mall, em Nashville, em 14 de junho.

Testemunhas relataram que Millar cuspiu nos manifestantes, gritou com eles e brandiu uma pistola Sig Sauer 9 mm antes de ser detido por policiais do Departamento de Polícia Metropolitana de Nashville, disse o Departamento de Justiça.

Apenas três dias após ser libertado sob fiança, Millar foi preso novamente quando policiais do Departamento de Polícia de Murfreesboro descobriram outra arma de fogo 9 mm carregada em sua cintura, disseram as autoridades.

Documentos judiciais disseram que Millar já havia sido sujeito a uma ordem de tutela de emergência de 2023 no Condado de Rutherford, Tennessee, que o proibia de possuir armas de fogo após descobrir que ele estava "em risco de danos substanciais à sua saúde, segurança e bem-estar".

Uma ordem posterior, em setembro de 2024, o designou como uma "pessoa com deficiência que necessita de cuidados" e restringiu ainda mais seu acesso a armas de fogo.

"O direito de protestar pacificamente contra ações governamentais é garantido pela Primeira Emenda e não pode ser violado por indivíduos armados cujas ações colocam pessoas em perigo", disse o procurador interino dos Estados Unidos, Robert E. McGuire.

No domingo, os promotores pediram ao tribunal que mantivesse Millar sob custódia, citando postagens em mídias sociais e atividades online que sugeriam "um desejo de cometer um ato de violência em massa".

O incidente ocorre em meio ao aumento da tensão nos protestos "No Kings" em todo o país. Em outro incidente no mesmo dia, em Utah, um protesto se tornou mortal quando um voluntário da segurança atirou e matou acidentalmente um manifestante enquanto respondia a outro indivíduo armado que supostamente se aproximou da multidão com um rifle.

O caso está sendo investigado pelo Escritório de Campo de Nashville do FBI, pelo Departamento de Polícia Metropolitana de Nashville e pelo Departamento de Polícia de Murfreesboro.

Alexander Mallin, da ABC News, contribuiu para esta reportagem.